Por exemplo, um serviço bancário personalizado e exclusivo intitulado Van Gogh.
O cara não vendeu uma única pintura em vida. Era sustentado pelo irmão mais novo. E se matou aos 34 anos.
Eu gostaria de saber de que forma essa existência solitária e miserável se conecta a um serviço bancário seletivo, oferecido apenas a quem tem um cascalho considerável, e que permite a você telefonar para o seu gerente às 9 da noite.
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Depois de morto, Van Gogh virou uma referência. Em 90, seu "Retrato do Doutor Gachet" foi vendido em leilão por 82 milhões. De dólares.
Quando a mulher de Theo, irmão mais novo e esteio de Vincent, ficou grávida, ele escreveu a Van Gogh dando a boa nova. E avisou que o bebê ganharia o nome do irmão.
Vincent, então, pintou um quadro e o enviou ao irmão. Que ficou todo orgulhoso e o pendurou em lugar de destaque na casa da família.
Era o Almond Blossom.
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Não é como se alguém abrisse uma firma de investimentos e colocasse o nome de Marx & Engels Brokers Co.?
(Obrigada, Daniel)