terça-feira, 8 de novembro de 2011

Que ano é hoje?

Quinzena de shows em São Paulo teve Aerosmith, Pearl Jam, Faith No More, Alice in Chains e Stone Temple Pilots.

Pensei, "de volta aos 90". Daqui a pouco alguém me aparece com uma pasta de dentes Crest em embalagem pump e um chicletinho Wrigley's, trazidos por um tio de Miami.

Os próximos dias terão New Order e Duran Duran.

Pensei, "de volta aos 80", a década que nunca termina.

Aí a polícia desocupa a reitoria da USP e ouço um sem-número de "tem que descer a borracha nesses estudantes" ou similares, vindos de todos os lados.

1964?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Uma mulher melhor

"She practices her speech as he opens the door"
-- Pearl Jam, Better Man

Outro dia vi uma foto no Facebook (onde mais o passado bate à sua porta antes de ser chamado?) e, naquela única imagem, tinha umas 5 ou 6 paixões da adolescência. Não peguei nenhuma, claro.

Minto. Peguei uma, sim, a mais duradoura.

Mas guardo bilhetes e provas materiais só de outra, reminiscências de quando você tem 13 anos, é jovem e tola e acha que tem uma verve literária nos seus bilhetes de escola.

(Com 17, você acha que jovem e tola era a menina de 13, embora fosse incapaz de ver quantas vezes o amor estava ali, sorrindo e acenando na porta ao lado).

I just couldn't find a better man.

Hoje os amores estão casados, são pais ou professores assistentes em universidades nórdicas. E eu acho que jovem e tola *mesmo* é sempre a gente mesma, ontem.

Hoje eu já sou velha e mais feliz.

* * *

As pessoas que cultuam a juventude nunca estiveram em uma seleção de estagiários, as mãozinhas delas tremendo enquanto seguram os papéis onde fizeram uma colagem para representar quem elas são (!).

Imagina o James Dean numa dinâmica de estágio, fazendo uma colagem para representar quem ele é.

Pronto, acabou culto à juventude.