sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Bom é ser feliz com Molejão

Hoje eu resolvi viver a vida perigosamente.

Apertei o "salvar" do publicador *antes* de copiar e colar o código fonte.

* * *

Tudo que eu realmente precisava saber na vida aprendi com o Molejo.

Até hoje eu não entendo se ele fala "Andrezim" ou "Andrezão" naquele diálogo impromptu no meio da música, que tanto alegra meu coração (0:50).

- Andrezim (ou -zão)?
- Fala, fio.
- Sabe qual é a brincadeira que eu mais gosto?
- É claro que não.
- Aquela brincadeira de beijaaaaar.

Aí vem o corinho: é essa? É essa? É essa?, seguido da reação de Andrezim-zão diante da aguardada decisão de Anderson Leonardo (0:04):
- Chora pa beijar, aí (2:37).

E, do nada, é hora do mambo (2:43).

Bom é ser feliz com o Molejão.







quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Malatesta

Hoje eu tô com a macaca.

Mas só por dentro.

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Eu me lembro de uma viagem para a praia em que o Chicão foi. Essas viagens de adolescência. O Chicão tinha uns 12 anos e tinha se casado com uns 8. Traduzindo, ele devia ter uns 19 e tinha se casado aos 17, com a namoradinha de infância que ele conhecia desde os 6. Era uma história linda.

Aí a gente tava conversando num dos quartos, ouvindo o barulho do mar, e ele vira e me diz:
- Tirando sua mãe e a minha, eu gostaria de comer todas as mulheres do mundo.

Acho que o casamento dele não ia muito bem.

* * *

Eu me lembro quando eu e minha mãe estávamos em Napoli e tudo tinha dado errado e a merda do trem que esperávamos na Termini parecia incapaz de se decidir em qual binario ia chegar, e quando chegou era outro trem e o funcionário queria que a gente fosse em pé, e quando eu disse "so I want my money back" ele falou, com sotaque italiano, "no! no mâni béqui!", sacudindo as mãos, e no fim eu achei até engraçado.

Mas a gente tava em Napoli e não ia conseguir chegar a Capri, então resolvemos almoçar no porto e parou um navio de cruzeiro destes enormes e desceu um monte de franceses. E a gente continuou lá almoçando e depois decidimos fumar um cigarro e aí chegou um cara vestido de capitão de navio e pediu um cigarro e nós demos.

E ele começou a balbuciar umas palavras e a gente disse canhestramente, em umas cinco línguas diferentes, "desculpe, não entendo, não sou daqui (não tenho amor)", mas ele continuava balbuciando. E tirou os sapatos e colocou em cima da cadeira e eu pensei "mas esses franceses são bem à vontade, não?", mas de repente ele foi embora e o garçom do restaurante veio e falou: "malatesta!".

E pronto, eu amei essa palavra. O mala testa de Napoli.

O porto de Napoli bem naquele dia azul. O mala testa é o quarto à direita
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Mentira.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Oxítona, paroxítona, proparoxítona

A última vez que eu chorei foi quando a minha amiga me contou como tinha contado para a afilhada dela que a mãe (da afilhada) tinha morrido.

A penúltima vez que chorei foi porque eu pensei que era um tipo de pessoa, mas não era.

A antepenúltima vez que eu chorei foi no show do Arcade Fire no Hyde Park.

(Mas dessa vez eu estava com a cara cheia. Não sei se conta).

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A ante-antepenúltima vez que eu chorei foi quando meu irmão me contou que a filha dele vai se chamar Clara em minha homenagem. Eu mal posso me conter em mim quando conto isso para qualquer pessoa.

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Acabo de perder o controle remoto do dock do iPod embaixo do sofá. Estou à mercê do shuffle.

Por enquanto tá tudo bem, estamos com "Strange Currencies".

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E quando você está irritada eternamente, queima demais o açúcar do chá antigripal, não consegue inicializar o próprio computador, não encontra os acentos no computador emprestado e ainda perde o controle do dock debaixo do sofá?

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Você nem imagina o que tem no seu iPod até perder o controle do dock.