Ele riu.
Quais as minhas chances?
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Da correspondência diária:
"Eu tenho uma limitação terrível, da qual só me dei conta há pouco. Tendo a achar que, depois que a folhinha virou para 2000 e eu terminei a faculdade, nada de novo aconteceu. Talvez isso seja motivado por crescer achando que a vida se resumia a infância-adolescência-vida adulta. Então, depois do diploma, de um casamento e dos anos 00, eu já era adulta e nada mais podia acontecer.
Então vem a vida de verdade (não aquela que você imagina, divide, quantifica e classifica) e muda tudo."
Escrevi isso com toda sinceridade em uma ampla e carinhosa troca de emails motivada pelos 5 anos da ocasião em que lancei, com amigas queridas, um livro. E me lembrei de Joseph Campbell, um jedi da vida moderna, que disse, entre um milhão de outras coisas incríveis:
"Precisamos estar dispostos a nos livrar da vida que planejamos, para podermos viver a vida que nos espera. (...)
"Quando nos deixamos guiar pela felicidade, nos posicionamos num tipo de caminho que sempre esteve ali, à nossa espera, e vivemos exatamente a vida que deveríamos estar vivendo."
Joseph também disse que "mitologia é o nome que damos às religiões dos outros".
Acho que vou fundar a igreja Joseph Campbell é Amor.