Hoje eu encontrei todas as figuras da minha infância penduradas no Museu de Arte de São Paulo: o Escolar, Suzanne Bloch, a bailarina Loïe Fuller, o lavrador de café, as moças de Guaratinguetá e Leopold Zborowski, que inclusive eu achava muito parecido com um namorado da minha tia mais velha cujo nome me foge agora.
Pode parecer que eu fui educada por preceptores, entre o apartamento de Paris e a casa de campo da Suíça.
Mas a verdade é apenas que meus pais me deram de presente um jogo chamado "Leilão de Arte", e ele foi muito jogado no sobradinho do bairro Assunção, no máximo em Bertioga, os limites da minha infância de subúrbio e de mar.
Eu sempre achei o Escolar perturbado. Hoje eu descobri que ele era funcionário de um sanatório. Isso explica um bocado
Reencontrei a Loïe lançando suas pernas no estupor do can-can
E este era o namorado da minha tia, gente
terça-feira, 22 de março de 2011
Holding back the years
Marcadores:
33,
arte,
aurora da minha vida,
rua dos crisântemos,
vida passada